segunda-feira, 25 de abril de 2011

ISSO NÃO TEM LÓGICA ALGUMA

ISSO NÃO TEM LÓGICA ALGUMA

Estava eu a salvo,
Sobre um tapete a exibir
A inaudita trama:
Talvez por um fio
Escapou-me a lógica mordaz...
Tampouco sucumbi à voracidade
De uma fera animada por vazios.

Isso já são horas?
Devo retomar ao esforço errante?
Estou mesmo a salvo?
Não sei se devo exibir-me.
Em se falando de lógica,
Salvar-se de uma fera
Não tem lógica alguma...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

JÁ NÃO EXISTE MAIS

JÁ NÃO EXISTE MAIS

Prefiro o silêncio cômodo, pensado...
Prefiro o silêncio calado, ausente...
Prefiro valer-me das lágrimas
Do que viver o rancor em que vives
Ainda que,
Ninguém precise inteirar-se do meu pranto
Nunca se pensou
Que as coisas não durassem para sempre,
Tampouco nos demos conta
— Mesmo que tardio —
De que as lágrimas
São a forma mais discreta de dissolver paixões.
Desde então nós lamentamos,
Mas eu já não choro mais.
As palavras chegaram um tanto tarde
Quando suas mãos já não possuíam as minhas
Então, chegou o inexorável fim,
Do que um dia foi e hoje já não existe mais.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

ONDE MORA A DOR DA VIDA?

ONDE MORA A DOR DA VIDA?


Onde mora a dor da vida?
Não sei,
Não sei por que é difusa a dor.
Como ela dói,
A dor da vida.
Ser orgulho,
Ser uma águia na subida
Ou não ser nada, tanto faz.
O pensar dói.
O Sonhar dói.
O transformar-se sempre dói.
Onde mora a dor da vida?
Não sei.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

POR MÚSICA

POR MÚSICA

Meus versos são como
Uma partitura musical.
São nada mais que uma
coleção de símbolos a traduzir-se.
O meu leitor é o grande músico.
No entanto,
O meu espírito em
Seu estado natural deixo ficar.
Não me servem os pensamentos
Que o agitem,
Tampouco, os que me dão tristeza.