quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O PROFETA E SEU TEMPO

O  PROFETA   E  SEU  TEMPO

Não sou de nenhuma galáxia.
Vivo num tempo que virá.
Sou de outro século.
Sou vida hoje e sou amanhã.
Sou eu quem vai jogar tudo fora.

Mas, quando eu morrer,
Um profeta lhe dirá que existiu
Um menino amoral e apátrida.
Um menino com vermes na barriga.
Daí haverá amanheceres em nebulosas.

No futuro, muito cuidado!
Quando o cometa possa de novo passar.
Então, o ventre que me aguarda,
Estará no cerne da catedral das trevas.

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