segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

EM CHEQUE...

EM CHEQUE...

Em cheque... Por vezes bati à sua porta.
Surpresa: uma total mudez!
Configurada nas suas respostas.
Fechaduras sem mais rodar, imóveis,
Estáticas a não abrir e porta sem ranger.

Volto a bater forte e continuo em cheque...
Não me desespero, com calma.
Já dentro, a aflição da perda.
Até que um som ligeiro se descobre
Naquela névoa de silêncio:
– Te cuida, te amo...
Não corre, me socorre, devagar!
Obedecendo ao súplice desejo.
Vendo a porta aberta,
Entrei. Um rosto ameno.
Quase um cão.
Lambeu-me as chagas, os desalentos.
Voltou-se a mim e disse: - Cheque mate!...

Depois, finalizada a luz do dia,
Fez novamente fechar a porta,
E eu saí.
- Cheque mate!...

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