domingo, 2 de janeiro de 2011

REALIDADE TARDIA

REALIDADE TARDIA

Nenhum sinal de telefone que seja.
Punho nenhum que à porta bata.
Carta alguma com belos selos.
Mudez mercenária!
No entanto, com olhos postos
Alguém monta sentinela.
Neste silêncio que tudo fica oculto,
Eu menino, me procuro no espelho
E não dou conta de nada, não me acho...
Teu silêncio destrona-me
Mas ao mesmo tempo também
Destrona-te. 
Faz de ti uma plebéia
Dessa realidade tardia...

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