sábado, 11 de dezembro de 2010

PENSAMENTOS OBSCESSIVOS

PENSAMENTOS OBSCESSIVOS

Os pressentimentos retornam
À primeira luz matinal
Como se não quisessem deixar-me
Saltitam entre a cabeça ao coração
Vão e voltam com força.
Dominam o meu pensar.
Subjugam o meu querer.
Não quero pensar, mas penso!...

Com um inesperado temor
Vejo a tua silhueta inerte, parada
A me olhar, a se aproximar...
Sei que esta presciência
Seja o eco de mim mesmo.
Seja o ressoar do meu querer.
Sussurrado, já faz tempo, por entre as mãos
Que esconderam os meus lábios
Quando me dissestes aquele adeus...


Retornam como se as palavras outra vez crepitassem
Ante a desordem que a tua decisão semeou
O fogo que era secreto, que era oculto.
Foi a público, tornou-se uma confissão...

Hoje os meus passos traçam a tua ausência.
Em que mar, quem sabe, será o reencontro?
Que mar nos lançará contra as pedras?
Em que tempo esse embate se dará?

Quem fará o trabalho suado contra
O perigo iminente do esquecimento!?

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