quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

SOU ALMA, CARNE SOU...

SOU ALMA, CARNE SOU... 

Um corpo intangível possuo, sou alma...
Entrelaçado no corpo tangível, carne sou...
Palavras informes sufocadas no tempo,
Vocábulos premidos há milênios...
Códigos magnéticos guardados, mofados...
Vou limpar minha aura magnética:
Tenho impregnado versos enxovalhados
Que me fazem um fantasma no mundo...

Quando saio da rotina, descarrego,
Mas volta a borrar-me a aura,
Tenho uma solidão maligna inigualável
A me rodear, a me seguir ininterruptamente.
Possuo um amor que me extirpa os olhos
E o coração...
E a solidão mordendo o amor como um cão
Vou devolver-me às ruas!

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