VOZES NATALINAS
Ao longe um rumor de pessoas
Como águas tranqüilas,
Ao me aproximar um burburinho
Que me vão trazendo, um a um,
Meus momentos de criança
Das festas dos meus natais.
Fico ali, de pé, fitando aquela gente.
Naquela noite que avança sobre o dia,
Enquanto luzes se apagam e acendem
Milhares delas a piscar...
Nos troncos e sobre as árvores.
Como se dissessem: felizes e infelizes...
Assim, a tarde, inesperadamente,
Apodera-se dos meus passos.
O sol já se pôs sangrando...
Como o “Coração de Jesus”.
E, no entanto,
Sua voz ainda me chama na penumbra.
Com que quisesse me crucificar.
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